Dezembro foi um mês que li muito mesmo sobre fundos imobiliários e também sobre psicologia nos investimentos, acho um tema fascinante. A mente do investidor que abordei no último artigo se deve basicamente as minhas experiências próprias e de colegas que também investem, nosso comportamento é complexo pois tomamos decisões sozinhos e tentamos nos apoiar nas teorias de investidores que nem ao menos conhecemos ou se de fato existe alguma bagagem quando esses dizem ter alguma.
O trade feito na Petrobrás (PETR4) foi encerrado com um enorme prejuízo, essas situações não colocamos nas planilhas quando planejamos o longo prazo e elas acontecem… Um investidor curioso, como eu sou, quer tentar usar suas próprias teorias e análises, experimentar diversas técnicas e ativos, só que o dinheiro cobra caro para aprender com ele e realmente não recomendo que se faça isso, vejam o que aconteceu comigo e levem isso para seus estudos.
Na próxima semana farei um post bem mais completo com as reflexões pessoais e a estratégia traçada para 2015, além das rentabilidades por ativo e acumulada da Carteira General no ano de 2014 que se encerrou.
Atualmente a Carteira General está alocada conforme o quadro abaixo:
Se quiserem saber algo a mais do que o escrito aqui é só enviar a dúvida pelo formulário de Contato!
Nas Ações como escrevi ali em cima encerrei a posição em PETR4 e o prejuízo foi nada menos do que -35%!
É isso mesmo -35% em uma única operação e que poderia ter sido pior caso não tivesse parado para analisar o que estava fazendo, o cenário que se desenha para o curto/médio prazo (corrupção forte, queda gigante do barril de petróleo e dólar nas alturas) e tomar logo uma decisão, sair da posição assumindo o prejuízo. A ação da PETR4 ainda caiu mais 15% do preço que vendi, o tombo seria ainda maior, com a venda comprei uma ação também bastante descontada que é a GGBR3, já tinha em carteira e ampliei a posição pois os fundamentos ainda estão no devido lugar, agora com uma margem de segurança melhor, devo advertir que a dívida da Gerdau está em grande parte em moeda estrangeira e isso deve vir com força negativa nos próximos demonstrativos, mas como a dívida é de longo prazo não estou observando isso agora, no curto prazo a dívida é baixa e o caixa dá conta.
Recebi dividendos da VIVT3 este mês que foram bem generosos.
O Tesouro Direto caiu esse mês e a Selic fechou o ano abaixo do que eu estava esperando, veremos em 2015 bem provavelmente alguns aumentos nessa taxa. Não devo fazer mais aportes nessa modalidade de renda fixa, no entanto a baixa este mês se deve ao pagamento de cupons em janeiro e eles sempre caem antes disso, tenho um título vencendo agora em janeiro e vai ser o primero que carreguei até o vencimento, quero muito ver como vai ficar o valor líquido para comparar com os demais ativos e com os estudos realizados anos atrás.
Nos fundos imobiliários ainda temos várias ofertas e como não sou de ferro acabei comprando bastante, os maiores fundos listados em Bolsa foram os alvos dos aportes por causa do excelente retorno e do menor risco que seus pares, diluídos em diversos imóveis pelo país com portfólios bilionários, eles foram o BRCR11, KNRI11 e HGRE11, esse é novo na carteira, como de costume o restante aportei em FFCI11 que é um ótimo fundo que oscila pouco e entrega resultados sólidos.
Movimentações da Carteira General em Dezembro de 2014
Venda de Ações: PETR4
Compra de Ações: GGBR3
Compra de Fundos Imobiliários: BRCR11, FFCI11, HGRE11 e KNRI11
Rentabilidade por setor da Carteira General
Ações: -9,85%
Fundos Imobiliários: -0,61%
Tesouro Direto: -3,74%
Resumo do fechamento Dezembro de 2014
Dividendos: +0,65%
Corretagens/Impostos: -0,06%
Rentabilidade do mês: -2,79%